Orquestrando sonhos, cultivando talentos
Objetivo
O Instituto Brazilian Shift, associação sem fins lucrativos, objetiva reunir pessoas, instituições e empresas que queiram contribuir com a transformação na vida de crianças carentes no Brasil, a começar pela região Nordeste, por meio da linguagem universal da música erudita.
Inspirado na técnica de violoncelo “Brazilian Shift”, criada pelo maestro Aldo Parisot, o Instituto Brazilian Shift adota este nome emblemático para refletir sua missão de transformar o futuro do Brasil. Esta técnica inovadora simboliza nossa dedicação em promover mudanças significativas na sociedade por meio da educação musical de crianças carentes.
Aldo Parisot nasceu no Estado do Rio Grande do Norte. Quando era jovem, Tomazzo Babini – um imigrante italiano e violoncelista -, residente em Natal, ensinou-lhe música e violoncelo. Mais tarde, o professor Parisot seguiu para os Estados Unidos e tornou-se o membro do corpo docente mais antigo da história da Universidade de Yale. Ele também foi membro do corpo docente da Juilliard School. Como professor de violoncelo, Aldo Parisot ensinou e inspirou gerações de violoncelistas de todo o mundo.
O músico faleceu aos 100 anos, no dia 29 de dezembro de 2018. Uma “celebração da sua extraordinária vida e carreira” foi organizada pela Yale – School of Music no dia 17 de abril de 2019.
Projeto Aldo parisot
O Instituto Brazilian Shift tem orgulho de apoiar o Projeto Aldo Parisot, uma iniciativa da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN) e parceiros, que há três anos transforma a vida de jovens no Rio Grande do Norte.
Homenageando o legado de Aldo Parisot e suas contribuições à música e à educação, o projeto demonstra nosso compromisso em nutrir talentos e promover mudanças positivas através da educação musical.
Destinada a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, a iniciativa oferece ensino de violoncelo, violino e viola, transformando a realidade social dos participantes e proporcionando acesso à cultura.
O projeto Aldo Parisot tem como objetivo levar o ensino da música clássica ao interior do Rio Grande do Norte, com foco inicial na região do Seridó. As habilidades musicais desenvolvidas são fundamentadas na área dos instrumentos de corda: violino, viola e violoncelo.
A iniciativa conecta perfis de liderança femininos no interior do estado, buscando o protagonismo da mulher na música clássica e a inserção de ações culturais em regiões rurais. “O público-alvo dos primeiros encontros são meninas do interior que tenham entre 10 e 15 anos, pois o projeto pretende não só enfatizar a música, mas os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em especial o ODS 5”, diz Fabio Presgrave, coordenador do projeto e Diretor Adjunto da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – EMUFRN.
O primeiro lote de 52 instrumentos, patrocinado pelo escritório Madruga BTW de Brasília, viabilizou o início do Projeto. Com a entrega realizada em junho de 2022, músicos e professores organizaram uma turnê no interior do estado para apresentar os instrumentos a alunos da rede pública. A Secretaria de Educação de Caicó estima que mais de mil crianças tiveram contato com os instrumentos de corda durante a turnê. O projeto foi oficialmente lançado em 30 de setembro de 2022, em celebração aos 104 anos do nascimento de Aldo Parisot.
Ao longo desses últimos 2 anos o projeto atendeu cerca de cem meninas dos municípios de Caicó e Jucurutu. Todas as alunas faziam parte da rede pública e pela primeira vez na história houve ensino sistemático de instrumentos de cordas na região do Seridó. Atualmente o projeto tem uma orquestra de cordas que vem se apresentando inspirando a comunidade e incentivando outras meninas a estudarem música. Está previsto ainda para esse ano o início do pólo em Currais Novos.
Veja o depoimento de Maíra Izabely, aluna do projeto Aldo Parisot.